27 de março de 2009

G.Maganize on line

Saiu uma matéria do Olá, Pessoa na G.MAGAZINE on line. segue matéria e o link.
Sem fazer alarde, Marcelo Garcia é uma das personalidades que mais contribuíram para a visibilidade e conquista dos direitos LGBT no Brasil. Atualmente ocupando cargo no Executivo da cidade de Juiz de Fora, Marcelo já foi Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado de Assistência Social do Governo Federal, entre 1999 e 2000, e Secretário Nacional de Assistência Social, entre 2000 e 2002. Em 2003, assumiu a gestão da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social do Rio de Janeiro.
Homossexual assumido, Marcelo sempre se recusou a ficar no armário. Diz que nunca chamou o namorado de pessoa para os colegas de trabalho – e esse é um direito que defende para todas e todos LGBT. Essa trajetória ímpar ganhou os palcos por meio da Odeon Companhia Teatral, de Belo Horizonte. Baseada nas memórias precocemente escritas por Marcelo no livro E ninguém tinha nada com isso... , a peça Olá, Pessoa, de Edmundo de Novaes Gomes, conta como esse assistente social, filiado a um partido político considerado de direita, fez mais do que muito militante socialista.
"O nosso foco é discorrer sobre um tema tão caro para construção de uma sociedade mais harmônica e menos preconceituosa", diz Carlos Gradim, diretor do espetáculo. "A questão da aceitação das diferenças é algo extremamente difícil para nossa sociedade. A dificuldade de perceber o outro apenas como diferente e não como inferior. Cheguei ao livro por conhecer o autor e perceber o quanto a forma sincera e direta utilizada pelo Marcelo teve ressonância nos leitores, daí o desejo de encená-lo", completa.
A história escrita por Edmundo de Novaes tem como eixo o relato de Marcelo Garcia, mas é acrescida de alguns depoimentos da plateia que assistiu a uma mostra do trabalho ainda em processo, na terceira edição do Verão Arte Contemporânea. "A ideia é que o teatro esteja sempre possibilitando a experimentação, por isso a opção por uma adaptação que envolvesse o público numa construção pós-dramática", conta Edmundo.
Após 45 minutos de "palestra" - formato que o diretor propõe de forma ousada – a plateia é convidada a se dirigir a um microfone para depor sobre alguma experiência vivida em que o preconceito esteja em foco. "É um espetáculo que estará sempre em processo, o que também não nos garante a aprovação do público, pois tal garantia não caracteriza o teatro pós-dramático, que é o que nos interessa no momento", completa Edmundo.

2 comentários:

  1. Alexandre Cioletti é um ator extraordinário e faz de "Olá, Pessoa" um programão.
    Privilégio maior para quem já o teve como colega de cena.
    Luiz Arthur.

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  2. Teatro pós-dramático é realmente a bola da vez, acho que as pessoas não entenderam muito o livro do Lehmann... e isso é uma critica a vocês, ele não estava falando de um novo gênero e sim de uma CONDIÇÃO do teatro atual...
    mas enfim, cada época com sua moda e com seus modismos!

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